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O Ocean Shield, que transporta um localizador de caixas negras e um pequeno submarino não tripulado, zarpou da cidade de Perth na segunda-feira e deverá demorar três dias a chegar à zona pretendida, situada a cerca de 1.850 quilómetros a oeste da cidade australiana de Perth.
“Temos uma semana, mas vai depender da temperatura da água, da sua profundidade e da pressão, bem como da duração da bateria”, disse hoje o ministro da Defesa da Austrália, David Johnston, à cadeia local ABC.
Uma vez no perímetro de buscas, o navio australiano vai `arrastar` o equipamento a cinco quilómetros por hora na tentativa de captar o sinal da caixa negra do avião, cuja bateria se estima que possa durar apenas mais uma semana.
Depois do desaparecimento, foram avistados muitos objetos, incluindo quatro cor de laranja qualificados como “pistas prometedoras” no domingo. Porém, a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA) confirmou tratar-se apenas de material de pesca.
A operação de buscas multinacional coordenada pela Austrália está marcada hoje por uma fraca visibilidade na zona.
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, chega esta quarta-feira a Perth para acompanhar as operações de resgate e agradecer a todos os que participam nela.
O avião da Malaysia Airlines descolou de Kuala Lumpur, com 239 pessoas a bordo, rumo a Pequim, na madrugada de 08 de março e desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 40 minutos depois de levantar voo.
Uma análise dos dados de radares e satélites levou especialistas a concluírem que o Boeing 777-200 deu a volta, voando até ao Estreito de Malaca e terminando no sul do Índico.
A última conversação entre os controladores aéreos e o avião da Malaysian Airlines foi “boa noite, Malásia 370”, de acordo com um comunicado, emitido esta noite, pelo ministro dos Transportes da Malásia Hishamudin Husein.
“Queremos confirmar que a última conversação na transcrição dos controladores de tráfego aéreo e a cabine foi à 01:19 (hora local)”, afirmou o ministro citado na mesma nota.
Informações anteriores davam conta de que as últimas palavras emitidas a partir da cabine tinha sido “muito bem, boa noite”, dois minutos antes de os sistemas de comunicação terem sido desligados.
A companhia aérea indicou, na altura, que a voz parecia ser a do copiloto, Fariq Abdul Hamid.