Os confrontos entre polícias e manifestantes continuaram noite dentro com a Praça da Independência cercada pela polícia, depois de o Governo ter feito um ultimato em que avisava que seriam usados “todos os meios previstos na lei” para acabar com os confrontos.
Esquadrões da polícia antimotim lançaram esta madrugada um novo ataque sobre a praça após lançaram gás lacrimogénio contra os manifestantes que permanecem no local, segundo relatos da AFP.
De acordo com a mesma agência, o quartel-general dos manifestantes encontrava-se ontem à noite em chamas.
Também durante a madrugada, o Presidente ucraniano, Viktor Ianoukovitch, considerou que a oposição “ultrapassou os limites” na tentativa de chegar ao poder através das ruas e que os seus autores serão julgados.
A crise política na Ucrânia começou em finais de novembro quando milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a decisão do Presidente Viktor Ianukovitch de suspender os preparativos para a assinatura de um acordo de associação com a União Europeia.
Depois dos confrontos do final de janeiro, desencadeados pela aprovação de legislação limitadora do direito de manifestação, Governo e oposição iniciaram negociações que levaram à demissão do primeiro-ministro, Mikola Azarov, e a evacuação da câmara municipal de Kiev e de outros edifícios públicos ocupados por manifestantes.
O processo negocial permitiu ainda a aprovação de uma amnistia para todos os manifestantes detidos em confrontos com a polícia.