Subiu para cino o número de mortos resultantes dos confrontos na Ucrânia, que se intensificaram esta manhã em Kiev, com manifestantes a lançar ‘cocktails molotov’ sobre as forças de segurança, que responderam com tiros de bala de borracha e granadas de efeito dissuasor.
Os homens das forças antimotim fizeram um bloqueio utilizando os seus escudos e os manifestantes lançaram contra os agentes ‘cocktails molotov’ e pedras na rua que leva ao parlamento ucraniano, constatou no local um correspondente da agência francesa AFP.
Os manifestantes ucranianos estavam abrigados atrás de carcaças de carros da polícia incendiados nos dias anteriores.
Ucranianos que vivem em Portugal organizam protesto
O presidente da Associação de Ucranianos em Portugal anunciou hoje que a comunidade vai reunir-se na quinta-feira em frente da embaixada da Ucrânia para exigir aos diplomatas “que defendam o povo” e quer ajuda das autoridades portuguesas.
“Amanhã [na quinta-feira] vamos fazer um protesto em frente da embaixada da Ucrânia, às 19:00, onde vamos dizer aos diplomatas ucranianos que estão cá [em Portugal] que ou eles escolhem e defendem o povo ou nós condenamo-los por apoiarem os crimes do regime do [Presidente da Ucrânia, Viktor] Yanukovich”, disse à Lusa o presidente da associação.
Paulo Sadokha, que representa a comunidade ucraniana em Portugal de mais de sete mil membros, defendeu que o embaixador da Ucrânia assuma, perante as autoridades portuguesas, a existência de “crimes contra o povo ucraniano” levados a cabo pelo Governo de Viktor Yanukovich.
UE e NATO condenam escalada de violência
A Alta Representante para a Política Externa da União Europeia, Catherine Ashton, e o secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, condenaram hoje a escalada de violência em Kiev, onde novos confrontos entre manifestantes e autoridades fizeram vítimas mortais.
“Condeno veementemente a escalada de violência esta noite em Kiev”, disse Ashton, em comunicado, sublinhando que o relato da morte de pelo menos dois manifestantes “é uma fonte de extrema preocupação.
Também Rasmussen se disse “extremamente preocupado com os dramáticos desenvolvimentos na Ucrânia e os relatos de várias mortes em Kiev”, acrescentado condenar o uso de violência.