A secretária de Estado do Orçamento espanhola, Marta Fernández Currás, negou, esta sexta-feira, “rotundamente” que Espanha vá pedir no sábado à União Europeia (UE) um resgate para o seu setor bancário.
“Não, rotundamente não”, disse Currás, questionada pelos jornalistas em Santiago de Compostela sobre notícias que dão o pedido como certo.
“Não precisamos de ser resgatados”, disse, referindo-se a declarações de líderes europeus que “confirmam que Espanha está a fazer o que tem que fazer e a seguir o caminho em consonância com as decisões e recomendações” feitas.
Esta reação surge no dia em que a imprensa económica europeia ter anunciado que a Espanha poderia formalizar o seu pedido de ajuda ao setor bancário este fim-de-semana depois de uma reunião dos ministros da Economia do Eurogrupo, segundo notícias publicadas na imprensa espanhola.
A imprensa económica e generalista publicou notícias da agência Reuters, que cita duas fontes “sénior” europeias e uma fonte alemã, garantindo que os detalhes do resgate ao setor bancário serão analisados na reunião do Eurogrupo.
Descida do ‘rating’ pela Fitch faz disparar risco da dívida
A descida da classificação da dívida espanhola, anunciada quinta-feira pela Fitch, refletiu-se hoje com o aumento da tensão nos mercados secundários, fazendo disparar o risco da dívida, que se aproxima dos 500 pontos base.
Depois de ter caído durante a jornada de quinta-feira, o risco da dívida – medido pelo diferencial entre os títulos espanhóis e alemães a 10 anos — subiu 21 pontos na abertura dos mercados, para 492 pontos base.
Analistas atribuem o aumento — a par da queda do principal indicador da bolsa, o Ibex35 — ao impacto da decisão da agência de notação Fitch, que anunciou uma descida de três escalões na classificação da dívida espanhola, de A para BBB, a dois níveis de ser considerado ‘lixo’.