O anúncio, de 12 segundos, mostra Hitler num discurso entusiasta e apela à compra do produto: um “champô 100 por cento masculino”. Os judeus da Turquia contactaram a agência de publicidade para que o anúncio seja retirado, o que ainda não aconteceu, e esperam também um pedido de desculpas.
“É totalmente inaceitável utilizar Hitler em publicidade, o exemplo mais tremendo de crueldade e selvajaria (…) para se diferenciar ou suscitar o interesse”, afirmam.
A Liga Anti-Difamação (ADL), com sede nos Estados Unidos, também referiu estar “revoltada” com a situação. “A utilização de Hitler, responsável pelo homicídio massivo de seis milhões de judeus e de milhões de outros no Holocausto, para vender champô é uma estratégia de marketing deplorável”, considerou Abraham H. Foxman, diretor nacional da ADL e um sobrevivente do Holocausto.
Hulusi Derici, o criador do anúncio, defendeu-se em entrevista à revista Marketing Turkiye: “Se as pessoas falam da publicidade para um produto, isso faz existir o produto. Caso não entendam a brincadeira, é problema delas”, argumentou.