Afirma um novo estudo que diz que este fenómeno pode ter sido o suficiente para reduzir drasticamente a população durante um declínio que durou cerca de 200 anos.
O desaparecimento desta avançada civilização sempre foi um dos mistérios da arqueologia. Alguns pesquisadores especulam que o colapso possa ter sido causado por guerras ou revoltas de camponeses. Outros, por sua vez, têm explicações ecológicas, como a queda da capacidade do ambiente em sustentar uma população com água e alimento.
Martín Medina-Elizalde, do Centro de Investigação Científica do Yucatán, México, e Eelco Rohling, da Universidade de Southampton, Reino Unido, publicaram as suas descobertas na edição desta sexta-feira da revista Science.
Para Rohling, as reduções na chuva representam apenas de 25% a 40% na chuva anual, mas foram o suficiente para a evaporação se tornar dominante sobre a queda de chuva e a disponibilidade de água ser rapidamente reduzida.
Os autores do estudo afirmam ainda que “apesar das evidências sugerir que as alterações climáticas não explicam completamente os complexos eventos geográficos e sociopolíticos do período do declínio Maia, registos de paleoclima e evidências arqueológicas sugerem que a época foi pontuada por uma série de eventos de seca, que provavelmente provocaram significativas ruturas na sociedade”.