O balanço é trágico: 652 mortos. O tufão Washi, que atingiu principalmente o sul das ilhas Filipinas, destruiu campos e casas e provocou a subida do nível médio das águas.
Ao número elevado de mortos junta-se outro igualmente alarmante: cerca de 800 pessoas estão desaparecidas. As cheias destruíram habitações e muitas pessoas terão sido levadas pelas fortes correntes e morrido afogadas.
De acordo com os dados avançados, 100 mil pessoas ficaram sem casa. Na tentativa de fugir à subida das águas, os habitantes filipinos subiram até aos telhados das suas casa, esperando ai pelo auxílio das autoridades.
A grande maioria dos mortos foi encontrada nas duas cidades mais afetadas pela passagem da tempestade tropical: Cagayan de Oro e Iligan. As autoridades acreditam que muitas das pessoas estariam a dormir e que, por isso mesmo, não se terão apercebido da subida veloz das águas. A força das correntes terá arrastado um número considerável de habitantes.
Nas principais zonas afectadas, os sobreviventes ainda não tem acesso a serviços básicos. De acordo com as autoridades, não há electricidade e a água potável escasseia. Para fazer frente às dificuldades, o governo e a cruz vermelha já iniciaram a distribuição de alimentos, mosquiteiros e cobertores.
Na passada sexta-feira, a tempestade deu origem a períodos de 10 horas seguidas de fortes chuvas. Choveu mais do dobro do que é normal para um dia do mês de Dezembro. Para agravar a situação, têm sido registadas temperaturas elevadas na região o que favorece a propagação de doenças.
Perante um cenário de destruição, as autoridades filipinas têm agora de dar inicio aos trabalhos de rescaldo. De acordo com um relatório da “Comissão Nacional para a Redução de Riscos e Manutenção”, cerca de 135 mil pessoas terão sido afectadas pela passagem da tempestade. Dessas estima-se que 47 mil terão de recorrer a abrigos temporários.