O início da liberalização da comercialização de automóveis é uma das 300 reformas anunciadas pelo Governo cubano. Até agora, os cubanos podiam apenas comprar e vender carros que tenham sido registados antes da revolução de 1959.
Os cubanos podem, a partir de sábado, comprar carros modernos desde que sejam importados de países que tenham acordo comercial válido com o regime de Havana. Chineses, japoneses e europeus passam a estar habilitados a vendar em Cuba, a instalação de concessionários de carros americanos continua a ser proibida.
O decreto 292 do Conselho de Ministros é encarado pelos cubanos como um “grande passo”, de acordo a agência Reuters.
A medida já tinha sido anunciada em abril pelo presidente cubano, Raul Castro, durante o VI Congresso do Partido Comunista, mas só agora avança.
Os cidadãos estrangeiros a viver em Cuba, mesmo de forma temporária, também podem trocar de carro. Incluídos nesta lista de compra e venda estão igualmente os carros mais modernos que nos últimos anos foram importados ou comprados em segunda mão por artistas, desportistas ou médicos que tenham cumprido missões em países como a Venezuela.
A paisagem urbana de Havana, e não só, promete ganhar uma nova cor, com menos ruido e poluição. Os famosos “almendrones” vão descansar, como verdadeiros clássicos.
Em vez dos tradicionais Chevrolet e Cadillac de grandes dimensões, comprados antes da revolução, os turistas vão passar a encontrar carros como o VW Passat ou um Renault Clio.