“A pouco e pouco as coisas estão a voltar ao normal como era antes”, afirmou o embaixador português no Egito, Aristides Vieira Gonçalves., à Lusa, sublinhando que “estas coisas não se resolvem de um dia para o outro” e que agora é necessário esperar pela evolução dos acontecimentos.
“Está tudo muito mais calmo, não há quaisquer confrontos, alguns bancos já abriram e grande parte do comércio abriu também, há um regresso à normalidade”, contou o diplomata.
Esta segunda-feira, o governo egípcio reduziu as horas do recolher obrigatório, desrespeitado ao longo dos últimos 13 dias, e há lojas e bancos a reabrirem.
Apesar deste aparente serenar de ânimos, alguns opositores de Hosni Mubarak continuam sem arredar pé da Praça Tahrir e garantem que não desmobilizarão enquanto o presidente não abandonar o poder.
No domingo, os representantes dos principais grupos da oposição reuniram com o vice-presidente do país, Omar Suleiman, tendo chegado a acordo sobre alguns pontos considerados importantes. Entre as concessões, segundo uma televisão estatal, está o fim de uma lei de emergência militar, que vigora desde que Mubarak assumiu o poder, em 1981. Sobre a mesa esteve também a liberdade de impresa e a criação de vários comités encarregues de supervisionar a criação de um governo representativo.