Na segunda-feira, navios sul-coreanos atravessaram a fronteira por dez vezes, sob o argumento de que embarcações de pesca do Norte teriam entrado em águas sul-coreanas.
“As provocações militares irresponsáveis por navios de guerra da Marinha sul-coreana criaram uma situação tão grave que um incidente naval poderá acontecer”, alertou o comando norte-coreano, num comunicado difundido pela agência oficial norte-coreana Korean Central News Agency (KCNA).
Estas incursões fazem parte “de um plano premeditado visando acentuar deliberadamente a tensão no mar e a deteriorar uma vez mais as relações entre o Norte e o Sul”, acrescentou o comunicado.
A fronteira marítima entre os dois países, teoricamente em guerra por falta de um tratado de paz que colocasse um fim ao conflito de 1950-53, nunca foi reconhecida pelo Norte.
Esta é uma zona de fricção frequente entre as duas Coreias.
Desde 1999 que vários incidentes fizeram dezenas de mortos nesta zona.
Seis fuzileiros sul-coreanos foram mortos em Junho de 2002.
A Coreia do Norte manifestou quarta-feira o seu pesar um mês após ter aberto uma barragem que provocou uma importante cheia no Sul e causou a morte de seis sul-coreanos.
A Coreia do Norte aceitou terça-feira manter discussões com o Sul relativamente à prevenção de inundações e a questões humanitárias, no que parecia um sinal de conciliação após os testes de cinco mísseis na segunda-feira.
Estes tiros de mísseis de curto alcance, efectuados pela Coreia do Norte, aconteceram depois de Pyongyang ter afirmado no princípio de Outubro que estava pronto para retomar, sob condições, as negociações a seis sobre o seu desarmamento nuclear.