Roxana Saberi, de 32 anos e que tem dupla nacionalidade, norte-americana e iraniana, foi condenada no último mês depois de um julgamento de um dia à porta fechada.
“Roxana telefonou-me na última noite para me informar que tinha terminado a greve de fome”, afirmou o pai da jornalista, Reza Saberi. “Estou aliviado por o ter feito para evitar uma deterioração da sua saúde”, adiantou.
Detida na prisão de Evine, a norte da capital iraniana, Roxana tinha iniciado a greve de fome a 21 de Abril, passando a ingerir apenas água açucarada, para protestar contra a detenção.
Inicialmente, Roxana tinha pensado continuar o protesto até ser libertada, referiu o pai, adiantando que viu a filha na segunda-feira e que llhe tinha pedido para terminar a greve de fome.
A jornalista – que foi detida em finais de Janeiro em Teerão, onde vivia desde 2003 – recorreu da sentença e deverá conhecer a decisão do tribunal de segunda instância na próxima semana.
O julgamento de Roxana terá durado, segundo o pai da jornalista, 15 minutos.
Este caso tem sido uma fonte de tensões entre Washington e Teerão e surgiu numa altura em que a administração Obama tinha dito que queria retomar negociações com o Irão. Washington descreveu as acusações contra Roxana como infundadas e apelou para a libertação da jornalista, filha de pai iraniano, que nasceu em Nova Jersey e cresceu em Fargo, Estado do Dakota do Norte.
Roxana foi viver para o Irão há seis anos e trabalhava como jornalista freelancer para vários meios de comunicação, incluindo a BBC.