“Dia 27, iniciarei um jejum, só a água, em solidadriedade com o povo de Darfur e como forma de exprimir a minha indignação face a um mundo que é capaz de contemplar impassível como homens, mulheres e crianças inocentes morrem desnecessariamente de fome, sede e de doenças”, explica a actriz no seu “site” .
Farrow adianta que a crise nesta região do Sudão se agudizou a 04 de Março, depois do Tribunal Penal Internacional ter emitido uma ordem de prisão contra o Presidente sudanês, Omar El Beshir, acusado de ser responsável pelo assassínio, violação, tortura e fuga de milhões de pessoas.
A actriz recorda que, em represália, as autoridades de Cartum expulsaram 13 agências internacionais de ajuda humanitária e três sudanesas de Darfur.
Embora o representante do Sudão nas Nações Unidas tenha afirmado que o Governo sudanês pode preencher o vazio deixado por aquelas organizações, Farrow afirma que a ONU considera que não é bem assim e que em Maio próximo, mais de um milhão de pessoas ficarão sem ajuda alimentar, assistência médica e água potável.
Com a greve de fome, Farrow espera que os líderes mundiais, “que sabem o que é justo e adequado”, lançarão um apelo ao Governo do Sudão para que permita o regresso das agências humanitárias ou garanta o preenchimento desse vazio, permitindo que a ajuda humanitária chegue às populações “antes que a população comece a morrer em tal número que comparado com o genocídio do Ruanda, este possa parecer insignificante”.
No genocídio do Ruanda, em 1994, foram mortos mais de 800 mil tusis e hutus moderados.