O homem, de 40 anos, será julgado na Audiência de Las Palmas, num processo em que o Ministério Público pede 20 anos de cadeia e uma indemnização de 120 mil euros para Hilma Altagracia, mãe da jovem de 18 anos, Yuliza Antonio Pérez, a vítima do estrangulamento.
O caso suscitou ampla atenção mediática depois de intensas buscas da jovem, que terminaram depois de um transeunte ter localizado o corpo.
No processo de acusação o procurador explica que o arguido, que vivia com a ex-companheira (Hilma) e a filha desta, discutiu com a vítima no dia 07 de Novembro de 2007, quando tentou impedir a jovem de praticar as suas crenças religiosas.
A discussão prolongou-se até ao dia seguinte quando o homem, alegadamente, estrangulou Yuliza.
Depois de se desfazer da roupa e da carteira da jovem, o arguido terá atado os pés e as pernas da vítima, transportando depois o corpo no seu carro para uma lixeira local, onde o enterrou.
Regressou a casa, inventou um álibi e juntou-se até nas buscas da jovem.
Cinco dias depois um homem que passeava com os cães próximo ao local encontrou o corpo.
O português, padrasto da jovem, foi detido em Abril de 2008 e acusado de envolvimento na morte e desaparecimento da jovem, dados confirmados por análises de ADN ao corpo e ao carro.
A família da jovem sempre suspeitou do envolvimento do padrasto no caso, tendo a Polícia sido obrigada a proteger o arguido depois de ser conhecido o seu alegado envolvimento no crime.