Em declarações à Agência Lusa, o médico disse que na semana que terminou sábado (04 de Abril) apenas se registou um caso de morte por raiva.
“No início, o gráfico era de 10 casos por semana, o que baixou para seis, depois quatro e agora estamos a registar apenas um caso. Isso dá-nos a impressão de que tendência é para baixar e até mesmo ser declarado o fim deste surto”, salientou Luís Bernardino.
O último balanço apontava para 105 crianças mortas.
No entanto, o ministro da Saúde angolano, José Van-Dúnem, afirmou recentemente que a raiva “ainda não foi extinta”.
Segundo Van-Dúnem, os factores de risco persistem no país, tornando assim mais difícil a erradicação da doença.
“(A raiva) é uma doença de animais doentes que se transmite aos homens através da mordedura, portanto, para nós resolvermos o problema em definitivo tínhamos de ter a garantia de que todos os animais que podem ser vectores, cães, gatos e macacos, em África estivessem vacinados”, frisou o governante.
Para combater o surto de raiva, as autoridades angolanas criaram equipas especializadas para capturar animais vadios e disponibilizaram mais meios para a recolha, devido ao elevado número de mortes registadas.