O Ministério Público austríaco pediu esta quinta-feira a “pena máxima”, ou seja, a prisão perpétua, para Josef Fritzl, que já se considerou culpado de todos os crimes de que é acusado e que incluem homicídio, sequestro, violação.
A acusação pede ao júri que não tenha misericórdia só porque o Fritzl, que manteve a filha em cativeiro durante 24 anos, e a violou sistematicamente durante esse tempo, se declarou culpado.
O grupo de oito jurados começou a deliberar a meio da manhã, sendo a sentença esperada para esta tarde.
Na terceira sessão do julgamento do “monstro” da Áustria, na quarta-feira, Fritzl declarou-se culpado de todos os crimes de que é acusado, uma mudança de atitude que, alega, fica a dever-se ao visionamento, na terça-feira, do vídeo contendo o testemunho da filha Elizabeth, que manteve em cativeiro durante 24 anos, ao longo dos quais a violou sistematicamente.
Fritzl é acusado dos crimes de homicício, escravatura, sequestro, violações, ameaças agravadas e incesto, mas até agora não admitira o homicídio de um dos filhos que teve com a própria filha, nem a acusação de a ter escravizado.
Sobre a morte desse filho-neto, o austríaco, de 73 anos, confessou ter estado presente quando ele nasceu e ter reparado que a sua respiração não era normal. No entanto, afirmou, não pensou que o bebé fosse morrer.