Parte do chocolate Toblerone, há mais de um século um símbolo da Suíça, vai começar a ser produzida numa fábrica da Eslováquia, obrigando a empresa a tirar das embalagens a frase “made in Switzerland”. Na verdade, o Toblerone já é detido pelos americanos da Mondelez, de Chicago, os mesmos donos da Milka, da Cadbury e da Suchard. Mas agora, apesar de manter a forma dos Alpes suíços, vai perder alguma ligação emocional à terra que o viu nascer. E se o nacionalismo suíço poderia ficar abalado com a mudança, o pior estava para vir. O Credit Suisse, sinónimo de alta banca no país, acaba de desaparecer, ao fim de 166 anos de uma história que se confunde com a da Suíça e a do próprio sistema financeiro na Europa.
Na última semana, o banco viu-se no centro de um turbilhão que destruiu o valor das suas ações, recebeu uma linha de liquidez de emergência do banco central suíço e palavras de conforto das autoridades. Nada disso foi suficiente e, poucos dias depois, acabou por ser comprado pelo seu histórico rival UBS, a quem caberá a tarefa de resolver este grande problema.