Paulo Raimundo chegou perto das 11:00 ao largo em frente à Assembleia da República, onde já estavam muitos manifestantes presentes na concentração convocada pela CGTP-IN “É urgente valorizar os trabalhadores” e foi questionado sobre a sua ‘estreia’ como secretário-geral do PCP neste tipo de iniciativas.
“É uma estreia em grande forma com esta grande concentração aqui hoje a dar a resposta necessária e política a este Orçamento do Estado que está a ser aprovado neste momento”, afirmou Paulo Raimundo, em declarações aos jornalistas.
O líder comunista considerou o documento como “um orçamento de empobrecimento”, contra o qual o PCP votará.
“Estamos aqui a reivindicar condições mais dignas, mais salários, dignidade e respeito que os trabalhadores merecem. Votamos contra um orçamento que não corresponde às necessidades do país e dos trabalhadores”, justificou.
Paul Raimundo considerou que “a força coletiva” dos trabalhadores poderá mudar a situação e defendeu que há margem para aumentar o Salário Mínimo Nacional para 850 euros, como defende o PCP.
“É uma emergência nacional o aumento dos salários, o que há é falta de vontade política para concretizar, dinheiro existe. O orçamento, o Governo, fez opções e que não correspondem às necessidades dos trabalhadores, mais tarde ou mais cedo vão ter de ceder a esse ponto de vista”, afirmou.
Raimundo criticou que os trabalhadores estejam “a ser empurrados para a miséria” e “uns poucos a encherem os bolsos”.
“Estamos na rua hoje, como estaremos amanhã, na próxima semana, estamos na rua quando for necessário”, assegurou.
A CGTP-IN realiza hoje uma concentração junto à Assembleia da República contra o aumento do custo de vida, no dia em que é votado na globalidade o Orçamento do Estado para 2023.
Na ação sob o lema: “Mais salário! Melhores pensões! | Contra o aumento do custo de vida e o ataque aos direitos | Investir nos serviços públicos”, a central sindical alerta para a necessidade de resposta aos problemas dos trabalhadores e do país, em luta pelo aumento dos salários e pensões para repor e melhorar o poder de compra.
A concentração decorre no último dia de votação das cerca de 1.800 propostas de alteração apresentadas, que culminará com a votação final global do documento.
SMA // ACL