Óleo alimentar, farinha para bolos e salmão são os produtos que mais viram o seu preço aumentar desde o início de 2022, com subidas acima dos 40%. Já durante a última semana, os iogurtes líquidos de morango, a maçã golden e a pescada foram os alimentos cujo preço mais subiu, com aumentos entre os 8% e os 10%.
Isto significa, em linhas gerais, que cada família está a pagar quase mais €20 em cada cabaz de bens essenciais. Segundo os dados compilados pela Deco Proteste, um cabaz de bens essenciais custa agora €206,79, ou 29,3% de um SMN, uma subida de 10% face ao que custava no início deste ano.
Se considerarmos por categorias, a carne e o peixe foram aquelas em que os preços mais dispararam, desde 23 de fevereiro – véspera da invasão da Ucrânia por parte da Rússia, acontecimento que teve um impacto significativo no preço dos alimentos e das cadeias de abastecimento.
O preço da carne já subiu 14,67%, enquanto o peixe ficou 19,69% mais caro. A fruta e os legumes, por seu lado, são agora vendidos por mais 3,54% do valor marcado em fevereiro, e os congelados registaram uma subida de 10,05%.
O aumento do custo do cabaz de bens essenciais tem sido constante ao longo das 21 semanas deste ano, tendo havido descidas em apenas 6 delas – e ligeiramente residuais.
Numa altura em que a inflação estimada em junho é de 9%, e a olhar para a evolução dos preços desde o início do ano, é de esperar que estes continuem a aumentar – sobretudo porque se devem começar a sentir, no verão, os impactos da subida de juros da taxa de referência na zona euro, anunciadas previamente pelo BCE.
A DECO Proteste tem disponibilizado um simulador de preços que compara os valores praticados nos vários supermercados online, com vista a ajudar as famílias a poupar algum dinheiro na hora de ir às compras. Se é adepto desta modalidade, talvez seja útil consultá-lo.