“A empresa está a sair de uma crise. Não é só a TAP que as coisas são difíceis: quando se olha para o mundo das companhias aéreas, há disrupções por todo o lado. A TAP não é a única companhia aérea do mundo e Lisboa não é o único aeroporto do mundo a lutar com o aumento de um número de passageiros.” As palavras são de Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP, numa entrevista à VISÃO de balanço de um ano aos comandos da empresa. Falou dos voos cancelados, pediu mais investimento na Portela e explicou porque, apesar da retoma em força da atividade, não é possível ir mais longe na redução dos cortes para os trabalhadores.
“Quando um cliente está a comprar um bilhete em qualquer companhia aérea, tudo o que corre mal é culpa da companhia aérea. E se se trata de uma companhia de bandeira, a conexão é ainda maior. É o que é. Nós sabemos isso e estamos em contacto regular com todos os players, sendo o aeroporto, as fronteiras, o regulador, o serviço de navegação… Porque é como um ecossistema, em que qualquer movimento afetará os outros e, no final, a organização voltada para o cliente é a companhia aérea.”, explica.
Para a francesa de 57 anos com o mais complexo dossiê de gestão pública entre mãos, “o SEF está a fazer um grande esforço no recrutamento de mais pessoas, mas tem limitações que também podem vir das infraestruturas do aeroporto”. Mas é preciso investir. “Sim, o investimento na Portela é mais do que bem-vindo, porque para nós é óbvio que isso pode melhorar a experiência. É óbvio que precisamos de algum investimento na infraestrutura atual e esperamos que isso seja feito. É claro que haverá uma decisão para o futuro, mas isso levará tempo até ser implementado e temos de nos preparar já para o próximo verão.”
Para ler esta semana na VISÃO, em papel ou digital.
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