Em comunicado, o partido liderado por Rui Tavares critica o executivo de António Costa por uma decisão “que pode vir a revelar-se a pior”, ao optar por “fazer já um aeroporto na localização com mais impactos ambientais negativos” e deixar para mais tarde a solução que “reconhece ter mais vantagens” estratégicas.
“Não é possível, de manhã, defender o ambiente na Conferência dos Oceanos e, à tarde, decidir fazer um aeroporto num estuário em terrenos pouco consolidados e com impactos sobre ecossistemas frágeis”, critica o partido.
Para o Livre, a solução para o novo aeroporto de Lisboa passa, portanto, por “um projeto de resolução que desenvolva um Plano Nacional Aeroportuário, sujeito a Avaliação Ambiental Estratégica” que o partido, de resto, submeteu “na semana passada”.
Antes, o deputado único do Livre, Rui Tavares, considerou que a nova solução aeroportuária para Lisboa do Governo revela “uma certa desorientação”, defendendo que deve ser feita uma avaliação ambiental estratégica “sem localizações definidas”.
“Parece-me que revela uma certa desorientação, é um voltar atrás em algumas garantias que tinham sido dadas da fidedignidade do processo”, afirmou Rui Tavares, em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República.
O Governo decidiu uma nova solução aeroportuária para Lisboa, que passa por avançar com o Montijo para estar em atividade no final de 2026 e Alcochete e, quando este estiver operacional, fechar o aeroporto Humberto Delgado.
Segundo o Ministério das Infraestruturas, o plano passa por acelerar a construção do aeroporto do Montijo, uma solução para responder ao aumento da procura em Lisboa, complementar ao aeroporto Humberto Delgado, até à concretização do aeroporto em Alcochete, que aponta para 2035.
SYL (ARYL) // RBF