Durante uma intervenção no fórum do Banco Central Europeu (BCE), em Sintra, Lagarde recordou que a situação da inflação na zona euro é fortemente influenciada pela energia e pelo impacto da guerra na Ucrânia.
A evolução futura, salientou, será condicionada por baixos níveis de desemprego, poupança das famílias e política orçamental, que, sublinhou, terá de passar a proteger os mais vulneráveis em vez de adotar medidas gerais.
No que diz respeito à política monetária, insistiu na necessidade de que seja gradual e opcional, porque “movimentar-se gradualmente é apropriado em tempos de grande incerteza”, mas, à medida que a situação se torna mais clara, será necessário “ser menos” gradual e mais opcional, acrescentou.
Já esta terça-feira, no discurso de abertura do fórum, a responsável do BCE tinha defendido que os governos devem desempenhar o “seu papel” na redução dos riscos, proporcionando apoio direcionado e temporário enquanto, no médio prazo, seguem uma estrutura baseada em regras que sustentam a sustentabilidade da dívida e a estabilização macroeconómica.
O BCE voltou a realizar em Sintra, no distrito de Lisboa, o seu fórum anual, este ano dedicado aos desafios para a política monetária num mundo em rápida mudança.
Após dois anos realizada por meios telemáticos devido à pandemia, a ‘cimeira’ de três dias regressou esta segunda-feira a Sintra de forma presencial, conforme anos anteriores, terminando hoje.
O tema deste ano foi alterado para refletir os recentes desenvolvimentos globais e a ‘cimeira’ está a debater os desafios que a economia da zona euro enfrenta atualmente.
AAT // CSJ