O vice-presidente da VianaPolis, Tiago Delgado, que falava durante uma visita ao local da empreitada de desconstrução do edifício Jardim, explicou que, com a desconstrução do edifício, vão ser retiradas 11.200 toneladas de betão, 2.800 de tijolo, 115 de produtos cerâmicos, 360 de aço, 110 de madeira, 56 de vidro e 32 de alumínio.
Cláudio Costa, da Baltor, empresa responsável pela empreitada, disse ser a primeira obra do género realizada em plena malha urbana em Portugal, destacando que “90% do material que for retirado do edifício” será para reciclagem e posterior utilização na construção de vias de comunicação, ou até no novo mercado municipal de Viana do Castelo, à qual a empresa vai concorrer.
O empreiteiro adiantou que dentro de três semanas, quando for iniciada a “desconstrução pesada” do edifício, será utilizada “uma máquina giratória muito grande, a única em Portugal com um braço de 40 metros, que vai começar a fazer a demolição do edifício, piso a piso, triturando a 40 metros de altura”.
Conhecido localmente como prédio Coutinho, o edifício Jardim foi construído no início da década de 70 do século passado. Tem a sua desconstrução prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis.
O projeto, iniciado quando António Guterres era primeiro-ministro e José Sócrates ministro do Ambiente, prevê para o local a construção do novo mercado municipal.
Inicialmente, o projeto da sociedade VianaPolis previa a implosão do prédio, mas a partir de 2018 a desconstrução foi a alternativa escolhida por prever o aproveitamento e a reutilização dos materiais, e causar menos impacto ambiental.
A desconstrução vai custar cerca de 1,2 milhões de euros e vai estar concluída em março de 2022.
ABC // JAP