“Relativamente à equipa, o ‘CEO’ [presidente executivo] tem uma palavra a dizer, mas quem nomeia é o acionista [o Estado]. O que sabemos é que o Dr. Farinha de Morais foi convidado. O que sabe sobre ele, sobre mim, sobre todos é que depois de serem convidados segue todo o processo ‘fit and proper’, ‘compliance’, só depois a equipa está completa e operacional”, afirmou Paulo Macedo, na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro trimestre (lucro de 81 milhões de euros).
Sobre o plano estratégico da CGD para os próximos anos, Macedo disse que está já a ser feito, havendo uma parte referente à melhoria da atividade atual e outra de “ações que se pretendem mais disruptivas”. Contudo, acrescentou, pretende que os novos membros da administração da CGD tenham também “uma palavra a dizer” sobre o plano já que o irão executar.
“Queremos colher a opinião do acionista e dos novos elementos do Conselho de Administração”, afirmou.
A CGD está em fase de mudanças na administração, tendo de ser eleita a nova administração para o mandato 2021-2024. Paulo Macedo vai manter-se como presidente executivo, segundo disse o ministro das Finanças, João Leão, em entrevista em fevereiro ao Jornal de Negócios/Antena 1.
Quanto ao novo presidente não executivo (‘chairman’), vários órgãos de comunicação social tinham noticiado no final de abril que seria António Farinha de Morais, ex-administrador do BPI, a substituir Rui Vilar.
Para a nova equipa do banco público ser designada cada membro tem de ser avaliado positivamente, no âmbito do processo de avaliação e adequação (‘fit and proper’ na expressão técnica) dos reguladores e supervisores bancários.
A CGD teve lucros de 81 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, menos 6% do que os 86,2 milhões de euros do mesmo período do ano passado, segundo comunicou hoje ao mercado.
Ainda no primeiro trimestre, segundo o banco público, foram reforçadas as imparidades de crédito em 59,6 milhões de euros “em antecipação dos efeitos da crise pandémica”.
IM // JNM