Na sua página da Internet, a Transtejo/Soflusa alerta para a realização de plenários de trabalhadores convocado por organizações sindicais, prevendo a interrupção do serviço regular no período da manhã e ao final do dia.
Contactada pela Lusa, a Transtejo/Soflusa disse “não estar em condições para assegurar transporte alternativo” aos passageiros do transporte fluvial.
Desta forma, a ligação fluvial do Barreiro, assegurada pela Soflusa, vai estar interrompida entre Barreiro – Terreiro do Paço das 07:00 às 10:25 e das 16:00 e às 19:15. No sentido Terreiro do Paço – Barreiro estará interrompido o serviço entre as 07:35 e as 10:55 e das 16:25 às 19:40.
Já as ligações fluviais asseguradas pela Transtejo, desde Cacilhas, Montijo, Seixal e Trafaria, vão estar interrompidas entre as 15:30 e as 21:00.
O serviço regular entre Cacilhas – Cais do Sodré estará interrompido das 16:00 às 19h45, Cais do Sodré — Cacilhas das 16:30 às 20:00, entre Montijo – Cais do Sodré das 16:30 às 20:30 e entre Cais do Sodré – Montijo das 15:30 às 20:00.
Também as ligações entre o Seixal e o Cais do Sodré vão sofrer cortes das 16:20 às 20:30 e do Cais do Sodré — Seixal das 15:55 às 20:15. Trafaria – Porto Brandão – Belém estará interrompida das 16:00 às 20h30, Porto Brandão – Belém das 16:10 às 20:40 e Belém – Porto Brandão – Trafaria das 15:30 às 21:00.
De acordo com a nota, em caso de paralisação do serviço regular, os terminais e estações são encerrados, nos períodos indicados, por questões de segurança.
Segundo disse à Lusa Paulo Lopes, sindicalista da FECTRANS – Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, os plenários agendados para quarta-feira acontecem devido ao “descontentamento dos trabalhadores e à postura da empresa”.
“Desde o início que a empresa tem a mesma postura negocial, ou seja, zero, continua a afirmar que não tem autorização do Governo para negociar. Desde a primeira reunião que não há avanços”, explicou.
De acordo com o sindicalista, os aumentos ocorridos no ano passado foram “baixíssimos, cerca de 0,3%, o que valeu um euro em muitos casos”, lembrando que os trabalhadores “tiveram de aguentar”.
“Este ano já não estão disponíveis para manter a mesma situação”, acrescentou, considerando que a empresa teve uma “postura errada” e que “caiu mal aos trabalhadores”, pois durante a pandemia de covid-19 o que deu como reconhecimento do trabalho foi “um dia de férias”, enquanto em outros sítios houve compensações monetárias.
“Em algumas carreiras há aproximação ao salário mínimo nacional”, denunciou.
RCP // VAM