João Lourenço falava após inaugurar uma fábrica de montagem de eletrodomésticos, localizada na Zona Económica Especial, em Viana, nos arredores de Luanda, afirmando-se “bastante satisfeito” com este “sinal” da produção industrial.
O chefe de Estado salientou que, nos últimos dois anos, o setor da agropecuária respondeu de forma positiva à necessidade de maior produção interna de bens alimentares e acrescentou que “em termos de produção industrial, empresários nacionais e estrangeiros que operam em Angola estão também empenhados em aumentar a oferta de bens de consumo para as populações”.
A fábrica, notou, produz uma gama de bens que têm uma grande procura doméstica e eram quase exclusivamente importados, uma realidade que se está a transformar com o surgimento de novas unidades para que se passe a consumir mais produtos “Made in Angola”.
Angola gastou 288 milhões de dólares (245,2 milhões de euros), entre janeiro de 2018 e agosto deste ano, com a importação de máquinas, aparelhos de ar condicionado e aparelhos de produção de frios, adiantou o ministro da Indústria e do Comércio de Angola, Victor Fernandes, na mesma ocasião.
Segundo o responsável, outros projetos similares estão por inaugurar no polo industrial de Viana e em muitos outros pontos do país, apresentando já resultados animadores, “sobretudo na ousadia da exportação dos seus produtos ‘made in Angola’ para vários mercados”.
A fábrica da ICC Angola, que inicialmente produzia espumas, chapas, tintas, tubos, embalagens e colchões de molas, apostou agora na montagem de ar condicionado, geleiras, arcas, fogões e televisores de marcas globais para oferecer ao mercado angolano e exterior.
“É por isso que neste segmento da indústria ligeira, a ICC Angola é uma de algumas indústrias que já temos em Angola, pelo que a inauguração formal das outras restantes está igualmente para breve”, referiu Victor Fernandes.
A ICC Angola garante agora 120 empregos e prevê empregar 250 técnicos em 2021.
A fábrica começou a ser construída em setembro de 2017 e foi concluída em setembro do ano passado, contando com um investimento de 15 milhões de dólares (13 milhões de euros).
RCR (NME) // JH