“Em 2017 a CGD terá um resultado positivo na ordem dos 200 milhões de euros e, em 2020, de 700 milhões de euros, remunerando os capitais investidos à ordem dos 9%”, afirmou esta quarta-feira o gestor que deixou a liderança da CGD no final do ano passado, após quatro meses em funções.
Domingues, que falava numa audição perante os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, realçou que estas projeções são feitas tendo por base um “cenário conservador”, em que se estendam até 2019 as taxas de juro a 0%.
“Gerir não é gerir para os dias de sol, mas para os riscos que existem”, alertou.
Despedimentos na calha
O ex-presidemte explicou o plano estratégico que desenhou para o banco nos últimos meses para responder aos problemas com que este se confronta, tendo destacado a necessidade de “redimensionar a Caixa ao negócio disponível”, o que implica redução de custos ou a empresa “deixa ser viável a longo prazo”.
Para diminuir gastos, António Domingues disse que o plano estratégico desenhado para a CGD prevê uma redução de custos ao longo de cinco anos, desde logo com a saída de trabalhadores.
“Estimamos que a Caixa precisa de reduzir 2.200 pessoas”, afirmou o presidente do banco público nos últimos quatro meses de 2016, entre final de agosto e final de dezembro, referindo que o previsto é que 25% desses funcionários saiam por reformas naturais e os restantes em pré-reformas.
Para António Domingues, este plano de redução de pessoal já foi falado com as estruturas do banco e “é exequível” e garantiu que não poria em causa os clientes, uma vez que estes recorrem cada vez mais aos meios digitais.