Ainda não eram 21h30 desta segunda-feira e já os participantes da Web Summit enchiam as ruas do Bairro Alto. O interior dos mais de 30 bares que aderiram à Night Summit da cimeira tecnológica de Lisboa era demasiado escasso para tanta gente, que depressa ocupou a calçada das ruas da Barroca, Diário de Notícias e do Norte, como qualquer bom português que ali vai beber um copo. A diferença é que, além de “madrugadores”, eram raros os clientes que falavam a língua de Camões. “Nunca tinha visto tantas pessoas por aqui a esta hora”, avisara-nos o taxista que transportou a equipa de reportagem da VISÃO.
Os organizadores da Web Summit, que decorre até quinta-feira no Parque das Nações, garantem que muitos contactos e negócios são realizados fora da zona de conferências, em encontros casuais durante as saídas noturnas. E a tradição que começou em Dublin estende-se agora à capital portuguesa. Nem o mentor Paddy Cosgrave faltou.
A língua oficial é o inglês, mas há participantes dos quatro cantos do mundo (166 países representados, segundo a organização). A VISÃO cruzou-se com polacos, austríacos, holandeses, indianos, taiwandeses, suíços, alemães e ingleses, que além de um momento de diversão admitiram que se mantinham atentos, também, à possibilidade de tirarem algum proveito comercial na noite lisboeta.
Vários grupos que trocavam cartões de apresentação enquanto saboreavam uma cerveja juntavam pessoas que tinham acabado de se conhecer, como testemunharam à VISÃO também no Cais do Sodré. Antes das 23 horas já não se podia circular na rua cor de rosa (Rua Nova do Carvalho) sem pedir licença. Para quem passasse por ali e não percebesse o porquê daquela pequena multidão a hora tão precoce, a identificação da Web Summit que a maioria levou ao pescoço dissipava qualquer dúvida.
Depois da cerimónia de abertura oficial na Meo Arena, também a noite lisboeta se mostrou a postos para receber os mais de 50 mil participantes da cimeira tecnológica, à procura potenciarem o seu negócio nesta passagem por Portugal.