Rumores sobre um pré-acordo entre a Rússia e a Arábia Saudita para aumentar o preço do petróleo provocaram uma escalada nas cotações nos últimos dias, levando o “ouro negro” a ultrapassar a barreira dos 40 dólares por barril. Um valor que não era visto desde dezembro do ano passado.
No fecho da sessão de terça-feira, 12, o preço de referência do petróleo Brent subiu para 44,69 dólares por barril, atingindo novos máximos anuais. Esta valorização, face aos valores mínimos de 26 dólares registados em janeiro, corresponde a uma subida superior a 40% desde o início do ano. A meio da manhã de hoje, o crude do Mar do Norte registava um recuo próximo de 1%, mas a cotação mantinha-se acima dos 44 dólares.
O princípio de acordo entre as potências petrolíferas deverá assentar no congelamento da produção e, posteriormente, na redução do excesso de oferta que, a par da expansão do petróleo de xisto nos Estados Unidos, tem vindo a pressionar o preço do petróleo nos mercados internacionais no último ano e meio. Falta ainda saber que medidas vão ser impostas ao Irão que, após o fim do embargo internacional, procedeu a um aumento significativo da sua produção.
Espera-se que o acordo final seja anunciado no próximo domingo, durante um encontro entre representantes da OPEP e da Rússia em Doha, capital do Qatar, de acordo com a agência russa Interfax.
Desde o início da crise do petróleo, em junho de 2014, os preços caíram 70% no mercado internacional. Milhares de empresas faliram, afetando cerca de 250 mil postos de trabalho a nível mundial.