A lista foi, provavelmente, fechada antes dos últimos acontecimentos no Brasil. Caso contrário, a convulsão a que se assiste naquele lado do globo bem poderia entrar de forma destacada nesta lista. Exceção feita, a Economist centra as suas preocupações na economia chinesa. O primeiro lugar da lista é justificado pelo perigo de um abrandamento da economia maior do que o esperado, agravando a queda do preço das matérias primas, em particular petróleo e metais preciosos.
O posicionamento da Rússia na Ucrânia e na Síria é visto neste relatório como um perigo a ter em conta. Sem uma inflexão nestas posições, o que aparentemente já aconteceu, pelo menos com o anúncio da retirada da Síria, este braço de ferro geopolítico poderia despoletar uma nova Guerra Fria. A manutenção de um clima de tensão nesta área pode ainda provocar uma pressão de alta de preços do petróleo.
A volatilidade das moedas nos países emergentes, sobretudo na América do Sul, surge em terceiro lugar da lista de preocupações. Também daquele continente, mas a norte, surge uma das maiores ameaças, que ultrapassa até o perigo de saída do Reino Unido da União Europeia ou a queda do investimento da indústria petrolífera: a possibilidade de Donald Trump vencer as eleições norte-americanas. Para os analistas da Economist, a hostilidade em relação a países como o México ou a China, que podem desencadear uma guerra comercial sem precedentes, aumenta os riscos de segurança nos Estados Unidos da América, assim como uma perturbação da economia global.
Top 10
1. Abrandamento da economia da China
2. Intervenção militar da Rússia na Ucrânia e na Síria
3. Volatilidade das moedas
4. Rutura da União Europeia em resultado de pressões externas e internas
5. Saída da Grécia da zona euro
6. Eleição de Donald Trump
7. Desestabilização da economia global em resultado do terrorismo “jihadista”
8. Saída do Reino Unido da União Europeia
9. Expansionismo chinês
10. Colapso do investimento no setor petrolífero