O primeiro-ministro defendeu hoje que é “pouco provável” que as agências de ‘rating’ melhorem a notação de Portugal até às eleições, preferindo aguardar pelo ato eleitoral para aferir do prosseguimento do “caminho” de “consolidação orçamental” e “reformas estruturais”.
“Não me surpreende, diria que até às eleições que se realizarão na segunda metade do ano, acho até muito pouco provável que alguma agência de notação financeira melhore o ‘rating’ de Portugal”, afirmou Pedro Passos Coelho aos jornalistas, quando confrontado com manutenção da nota BB+ (“lixo”) à dívida portuguesa, pela agência Fitch.
O chefe de Governo falava em Tóquio, no final de uma visita de três dias ao Japão.
Coligação histórica
O primeiro-ministro enalteceu hoje que o Governo PSD/CDS-PP esteja à beira de concretizar o “facto histórico” de ser o primeiro executivo de coligação a terminar o mandato, ao mesmo tempo que recusou falar de negociações com os centristas.
No final de uma visita de três dias ao Japão, o primeiro-ministro foi questionado pelos jornalistas sobre eventuais negociações entre sociais-democratas e centristas a iniciarem-se após as eleições regionais na Madeira, que decorrem no domingo, e disse não querer falar de uma matéria partidária.
Passos Coelho quis contudo salvaguardar “a normalidade” que disse estar a viver-se em Portugal.