“Acreditamos que cortes em itens de despesa grandes como os esquemas de pensões e o emprego público parecem inevitáveis”, considera Jens Arnold, economista responsável pela análise de Portugal na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
O economista, que comentava as medidas encontradas pelo Governo para colmatar o desvio orçamental devido à inconstitucionalidade de quatro normas do Orçamento do Estado para 2013, demonstrou a sua confiança na capacidade do Governo em tapar este buraco orçamental.
Ainda assim, a OCDE defende ainda uma convergência mais rápida nos esquemas de pensões públicos com o privado.
A OCDE apresentou hoje as suas previsões e estima que a economia portuguesa tenha uma recessão mais profunda este ano, de 2,7% do PIB, e que cresça menos em 2014 que o esperado pelo Governo e pela ‘troika’.
A organização considera ainda “improvável” que Portugal consiga cumprir as metas do défice orçamental deste ano e para 2014, e defende que a ‘troika’ deve permitir esta derrapagem.