José Sócrates, entrevistado por José Alberto Carvalho e Judite de Sousa, garantiu que não há nenhuma divergência com o ministro das Finanças e enfatizou que “o ministro das Finanças disse que se for preciso, manteremos as medidas”, garantindo que “as medidas de redução da despesa vão manter-se até 2013”.
O primeiro ministro sublinhou que “as medidas [de austeridade] só têm o apoio do PSD até final 2011”.
Confrontado com o facto de ter prometido não aumentar os impostos na última campanha eleitoral e com a atitude do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que pediu desculpa aos portugueses por ter viabilizado as medidas de austeridade, José Sócrates recusou-se a fazê-lo, dizendo que só o faria se não tivesse coragem para tomar as medidas necessárias face a um quadro de crise financeira.
“Não peço desculpa por cumprir o meu dever e fazer o que é imprescindível para defender o país. Teria de pedir desculpa se não tivesse a coragem de tomar as medidas necessárias”, respondeu o líder do executivo.