“O crescimento do Arouca tem sido notório, tem sido um processo lento, mas evolutivo. Sabendo as dificuldades que vamos ter pela frente, porque [o Moreirense] quer muito ganhar, temos que equilibrar esta vontade de querer ganhar. Estamos numa fase complicada em que o nosso início [de campeonato] não foi fácil contra adversários com muito poder. A verdade é que temos crescido enquanto equipa e somado pontos”, afirmou.
Em conferência de imprensa de antevisão à partida, Armando Evangelista sublinhou a predisposição do grupo de trabalho ao longo da semana, depois de ‘arrancar’ um empate ‘caseiro’ nos descontos diante do Vitória de Guimarães (2-2) na última jornada, elogiou a evolução do plantel e analisou as dificuldades que a formação minhota vai impor na partida de sábado.
“No último jogo, quando todos pensavam que não íamos somar pontos, a equipa demonstrou novamente que tem um grande caráter e acredita até ao fim. Perante as adversidades do jogo, conseguir um ponto — sendo que o nosso objetivo a jogar em casa é ganhar — da forma que foi o desenrolar do jogo, moraliza. Isso traduz-se numa alegria e predisposição maiores para o trabalho e o grupo sentiu que pode acreditar, que o trabalho e a abnegação compensam”, afirmou.
Acerca do adversário, o técnico afastou uma possível “ansiedade” minhota, garantindo que o início sem vitórias “não é preponderante” para o encontro e “não corresponde à realidade e valor” da equipa que está habituada “a fazer campeonatos tranquilos”.
“Estamos à espera do pior cenário, das maiores dificuldades e não de facilidades. Não acredito que profissionais que já jogam na I Liga há tantos anos vão tremer ou vão levar fantasmas do passado para o jogo. Temos que nos focar, estar concentrados e esperar pelo pior cenário para podermos tirar do jogo aquilo que nos estamos a propor”, que é conquistar os três pontos, vincou.
Nos seis jogos oficiais desta temporada, o Arouca chegou ao intervalo sempre em desvantagem, um dado sinalizado e que tem sido trabalhado pelos arouquenses que, apesar de mostrarem a “capacidade de conseguir dar a volta”, também têm de ser “capazes de estancar a primeira investida do adversário”.
Ao mesmo tempo que admitiu que gostaria de ter mais pontos, o ‘timoneiro’ disse estar “satisfeito” com a resposta do grupo, apesar de um início de campeonato complicado e face ao processo de composição do plantel, porque “não é fácil integrar elementos novos” com o “comboio já em andamento”.
“Os que cá estavam têm facilitado essa integração, os que chegaram vieram de mente aberta para se integrarem, assimilarem o mais rápido possível. Face à resposta que têm dado, estou satisfeitíssimo com o trabalho de todos, embora ambicionemos sempre mais e tenho a certeza de que poderíamos ter mais um ou outro ponto por tudo o que temos feito, pela abnegação que temos tido e a capacidade de transpor obstáculos neste início, mas satisfeito com o que tem sido o trabalho do grupo no geral”, admitiu.
Para o jogo de sábado, Armando Evangelista não vai poder contar com o contributo dos lesionados Sema Velázquez e Yaw Moses, enquanto Leandro Silva está recuperado do desconforto muscular que o ‘atirou’ para o banco dos suplentes na última jornada, e Arsénio, Victor Braga e Abdoulaye enfrentam o emblema que já representaram.
O Moreirense, 15.º, com três pontos, recebe o Arouca, 13.º, com cinco, no sábado, às 15:30, no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, em jogo da sétima ronda da I Liga, com arbitragem de Fábio Melo, da associação do Porto.
AXYG (RYTF) // AJO