O autocarro da equipa de futebol do Benfica e o carro em que seguia o presidente, de regresso a Lisboa após a goleada em Paços de Ferreira (5-1), foram segunda-feira apedrejados na autoestrada A41.
O líder dos “encarnados” sofreu ferimentos ligeiros na mão direita, na sequência dos vidros que partiram e entraram na viatura, também danificada no capo, devido ao impacto das pedras.
De acordo com uma fonte do Benfica, contactada pela Agência Lusa, “foi atirado um saco de pedras de um viaduto, o único sem policiamento no trajeto até ao Porto, que atingiu o autocarro que transportava a equipa e resvalou para o carro do presidente”.
Um porta-voz da GNR, Costa Lima, já revelou, entretanto, em declarações à TSF, que já foi aberto um inquérito para apurar responsabilidades nos incidentes. E reconheceu uma falha de segurança na operação realizada para o trajecto do Benfica após o encontro com o Paços de Ferreira, que fechou a jornada 24.
Não pode valer tudo
Em declarações a vários jornais desportivos, o presidente do Benfica começou por dizer que “não pode valer tudo”. Vieira afirmou que o ataque é obra “de gente cobarde, sem coragem para dar a cara, e demasiado orgulhosa para condenar qualquer tipo de violência”. Numa clara alusão a Pinto da Costa, chegou mesmo a dizer que “isto é responsabilidade dos que ironizam com a violência”.
Garantindo que o Benfica “é um clube que não se alimenta do ódio”, Luís Filipe Vieira acabou a fazer um apelo aos benfiquistas: “Temos de continuar sem ter nada a ver com comportamentos criminosos. Se alguém um dia pensar em fazer o mesmo, não contem com o meu silêncio e conivência. Nessa altura, estarei a mais no Benfica.”