Organizada pela Câmara Colombiana do Livro e pela Corferias, a edição deste ano da FILBo, que tem a Suécia como país convidado, abriu portas no dia 06 de agosto e conta com um leque de escritores que inclui nomes como o espanhol Arturo Pérez-Reverte ou a nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, segundo a informação disponível no ‘site’ do evento.
Na quarta-feira, o poeta, ensaísta e romancista Nuno Júdice participa numa conversa com o poeta e ensaísta colombiano John Galán Casanova em torno da obra “Os Lusíadas”.
Durante a conversa, Nuno Júdice, vencedor do Prémio Rainha Sofia de Poesia Latino-americana, explica porque é que esta obra, que celebra em breve 450 anos, continua a magnetizar as novas gerações de escritores.
No sábado, o curador e ensaísta português António Pinto Ribeiro participará numa conversa subordinada ao tema “é possível descolonizar museus?”.
“Os museus ou são pós-coloniais ou não são nada” foi a frase de partida de António Pinto Ribeiro para uma palestra no VIII Encontro Iberoamericano de Museus, em 2014, no qual expôs as suas ideias sobre o que alguns definem como “o processo a que as instituições se submetem para alargar as suas perspetivas para além das do grupo cultural dominante, particularmente os colonizadores brancos”.
Através de uma releitura das coleções dos museus ocidentais, muitos deles constituídos quando o mundo ainda estava dividido em impérios coloniais, o crítico português apresentará na FILBo a sua visão de para onde, não só os curadores, mas também as instituições a seu cargo, deveriam estar a dirigir-se.
A escritora Ana Pessoa teve a sua participação no evento no dia 13, em que falou sobre “a procura de um lugar no mundo”, a partir de alguns dos livros juvenis de que é autora.
Os livros “O caderno vermelho da rapariga karateca” e “Mary John” são duas das obras que, através de uma prosa poética e melancólica, transportam o leitor pelas complexidades da transição para a idade adulta e da incerteza da mudança, e que serviram de tópico para a conversa.
A FILBo, que é uma referência na América Latina, teve a sua edição de 2020 adiada, acontecendo este ano em formato digital, dispondo de uma plataforma que reúne toda a sua programação cultural, académica e profissional.
Essas atividades ficarão disponíveis no ‘site’ e nas páginas das redes sociais da feira.
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