O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje ter tido “um grande desgosto” com a morte de Nicolau Breyner, “um grande artista, grande coração e grande amigo” e que teve uma “vida culturalmente e humanamente muito rica”
“Acabei de saber que morreu Nicolau Breyner e tive um grande desgosto. Um grande desgosto não só por ser um grande artista, um grande coração e um grande amigo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, numa declaração no Palácio de Belém, em Lisboa.
O Presidente da República saudou “uma carreira e uma vida que foi uma vida culturalmente e humanamente muito rica”, associando-se “ao pesar da família e dos amigos”.
António-Pedro Vasconcelos: “Fiz ‘Os Imortais’ para ele”
O realizador António-Pedro Vasconcelos disse hoje à agência Lusa que fez o filme “Os Imortais” (2003) a pensar em Nicolau Breyner, hoje falecido, aos 75 anos, “porque era um ator único”.
Nicolau Breyner, 75 anos, morreu hoje, em casa, em Lisboa, disse à agência Lusa fonte da assessoria do ator.
Participou em vários filmes de António-Pedro Vasconcelos, como “Jaime” (1999), “Call Girl” (2007), “A Bela e o Paparazzo” (2009), e “Os gatos não têm vertigens (2014).
“Fiz o filme ‘Os Imortais’ a pensar nele, porque era um ator único, que sabia muito bem interpretar todas as emoções – a tristeza, a alegria, a ironia – e doseá-las para cada cena”, disse à Lusa António-Pedro Vasconcelos, lamentando a morte do artista.
De acordo com o realizador, como pessoa, “era muito bem-disposto nas filmagens, e aparentemente leviano – porque muitas vezes, nas pausas das cenas, falava ao telemóvel para contar anedotas – mas sabia concentrar-se totalmente quando era necessário”.
“Ele sabia muito de cinema e tinha a noção total de como estava a ser filmado e do era preciso fazer. Era muito fácil fazer filmes com ele”, sublinhou o cineasta, recordando ainda a “generosidade para com os atores mais novos, que tentava sempre apoiar”.
Ferro Rodrigues: O país perdeu “um dos seus melhores criadores”.
O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, manifestou hoje a sua “enorme consternação” com a notícia da morte de Nicolau Breyner, considerando que o país perdeu “um dos seus melhores criadores”.
“Recebi com absoluta surpresa e enorme consternação a notícia da morte de Nicolau Breyner”, refere Ferro Rodrigues, numa nota enviada à comunicação social.
Sublinhando que “o país perde um dos seus melhores criadores”, o presidente da Assembleia da República recorda Nicolau Breyner como “um ator absolutamente extraordinário nos mais diversos registos” e “um humorista revolucionário”.
Benfica recorda o adepto
Numa mensagem divulgado no seu site oficial, o Sport Lisboa e Benfica lembra que o ator era “um reconhecido e apaixonado benfiquista, muito ligado à casa do Benfica em Serpa” e que “Nicolau Breyner vivia o clube intensamente, participando – inclusive – em várias publicações do glorioso.”
“O Sport Lisboa e Benfica associa-se a este momento de profundo pesar e endereça as mais sentidas condolências a familiares e amigos.”
Vítor Sousa “extremamente triste”
O ator Vítor de Sousa manifestou-se hoje “extremamente triste” com a morte de Nicolau Breyner, um ator “fabuloso” e um ser humano de qualidades “extraordinárias”, disse à agência Lusa.
Vítor de Sousa, que reagia à morte de Nicolau Breyner, sublinhou que a sua “ligação ao Nico remonta ao início dos anos 1980”, quando contracenaram em Vila Faia.
“É uma grande perda que sinto. Era um homem de qualidades extraordinárias, um homem e um amigo, tudo escrito a maiúsculas”, disse.
António Costa lamenta morte do amigo que “deixa vazio” no mundo do teatro e da televisão
O primeiro-ministro, António Costa, lamentou hoje a morte do amigo, ator e realizador Nicolau Breyner, considerando que “deixa um vazio imenso” no mundo do teatro, do cinema e da televisão em Portugal.
“Foi com surpresa e tristeza que tomei conhecimento do falecimento do Nicolau Breyner, um extraordinário ator, nos últimos anos um grande realizador, além disso um amigo, e que deixa um vazio imenso no teatro, no cinema, nas novelas em Portugal”, afirmou o chefe do executivo aos jornalistas.
António Costa sublinhou que o país deve a Nicolau Breyner “alguns dos mais notáveis papéis representados em Portugal” e “grandes momentos de humor em que ele era absolutamente exímio, desde a crítica política à crítica de costumes”.
Passos enaltece contributo incontornável do ator para teatro, cinema e televisão
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou hoje incontornável o contributo que o ator Nicolau Breyner deu para o teatro, o cinema e a televisão na democracia portuguesa.
“Como ator, realizador, produtor ou argumentista, como empresário ou formador de atores, como cidadão empenhado e homem de cultura solidário, Nicolau Breyner deixa um património de trabalho e de vida que merecem o nosso profundo respeito e um enorme agradecimento”, refere ainda Passos Coelho numa nota enviada à comunicação social.