Em tempos difíceis, seria bom poder contar com a salvação garantida por um super-herói. Esse parece ser o lema em vigor nos estúdios norte-americanos. O que é que a Marvel e a DC Comics, os dois impérios dos comics norte-americanos, estão a fazer à indústria cinematográfica? É que, nos últimos anos, Hollywood aparenta ter-se transformado num mostruário de fatos de lycra, superpoderes, alienígenas, superpoderes, vilões de outras galáxias. É uma tendência que está para ficar, até porque os lucros obtidos pelo género têm atingido recordes:
Deadpool, filme já em exibição, atingiu a marca dos 150 milhões de dólares de receitas de bilheteira no primeiro fim de semana de exibição nos EUA – é a mais lucrativa estreia de sempre de um filme com a classificação R (interdito a menores de 17 anos).
Esta adaptação cinematográfica é apenas uma de entre as múltiplas ressurreições, transformações e spin-offs, que os grandes estúdios arrasncaram aos arquivos da banda desenhada, estimulados pelos lucros: Os Vingadores (2012) atingiram mais de 600 milhões de dólares, Batman-The Dark Knight (2008) fez mais de 500 milhões, os três opus dedicados ao Homem de Ferro, protagonizados por Robert Downey Jr., entre 2008 e 2013, ultrapassaram mil milhões.. Uma nova invasão de super-heróis está a ser preparada: Disney, Warner Bros, Fox e Sony Pictures vão lançar cerca de 30 títulos só durante os próximos quatro anos.
Portugal não foge a esta tendência, e há várias estreias já em 2016: Batman v. Super-Homem: O Despertar da Justiça
Um mês depois, estreia Capitão América: Guerra Civil
Em Maio, as salas nacionais recebem a oitava película relacionada com o universo de mutantes: X-Men: Apocalipse.
E haja elastano e paciência para todos, porque as estreias continuam: em agosto, estreia Suicide Squad, e o final do ano traz mais dois personagens, Gambit e Doctor Strange