Dois palcos, em Londres e em Filadélfia; um total de 150 mil pessoas no público; transmissão por satélite para 150 países; 1,5 mil milhões de telespectadores. Acrescente-se a intenção humanitária e estes são os números que fazem do Live Aid um acontecimento histórico. Foi a 13 de julho de 1985.
Ideia do cantor irlandês Bob Geldof, chocado com uma reportagem sobre a fome na Etiópia, o evento juntou os maiores nomes da música da altura nos estádios de Wembley e John F. Kennedy. O resultado foi uma maratona de concertos memoráveis.
Décadas antes de haver histórias tocantes a tornarem-se virais na Internet e a motivarem ondas de solidariedade, o Live Aid juntou, em frente às televisões, pouco menos de que um terço da população mundial (há 30 anos éramos 4,8 mil milhões) no que a Time descreve como “um exercício de empatia”.
Mas se a ideia de Geldof era criar um concerto “tão grande quanto o humanamente possível” para ajudar África, as próprias bandas também receberam um impulso significativo. Para os Queen, por exemplo, o concerto do Live Aid é visto como o melhor de sempre e o grupo de Freddy Mercury liderou os tops de vendas depois do evento e um ano depois, o mítico estádio de Wembley enchia-se novamente para os ouvir, algo impensável antes do Live Aid.
Simple Minds, Genesis, The Rolling Stones, Pink Floyd e U2 foram outros nomes cuja popularidade apanhou boleia do sucesso estrondoso de 13 de julho de 1985.