Venho de um mundo onde passo a vida a ouvir que o fotojornalismo está morto, e
vocês provam o contrário.” Foi com este cumprimento que o Fotógrafo da Agência France-Press, Patrick Baz, iniciou a conferência no Auditório Municipal de Mora.
Baz nasceu em Beirute, tinha 12 anos quando começou a guerra no Líbano e fotografou os últimos grandes conflitos nternacionais, da primeira Intifada às guerras do Golfo e do Iraque.
De facto, o seu mundo nada tem a ver com o daquela pacata vila alentejana,
com exceção de um único dia por ano – quando Mora se transforma na capital portuguesa do fotojornalismo, uma multidão de gente, a maioria e máquina fotográfica ao ombro, se asseia entre o Auditório Municipal, o Solar dos Lilases e a Casa da Cultura,
para descobrir quais as imagens vencedoras do único galardão nacional de fotojornalismo, o Prémio Estação magem, e para ouvir falar os jurados, todos estrangeiros. Foi o que se passou, pelo terceiro no consecutivo, no último sábado, 14.
Patrick Baz não tem apenas traquejo em guerras, mas também em concursos.
Foi jurado do World Press Photo (WPP) este ano, cuja exposição é inaugurada
no Museu da Electricidade, em Lisboa, na próxima quinta-feira, 26. Será a segunda cidade – logo a seguir a Amsterdão, onde está instalada a Fundação WPP a receber a mostra, que reúne as melhores magens das 101 254 fotografias a concurso.
Veja as fotografias premiadas na REVISTA VISÃO desta semana