Björk (e o seu mega espetáculo Biophilia), Rufus Wainwright, Yann Tiersen, Saint Etienne, Black Lips, Explosions in the Sky, The Rapture, The Flaming Lips, The War on Drugs, são alguns dos 60 nomes que vão atuar no Optimus Primavera Sound, de 7 a 10 de junho, no Parque da Cidade do Porto. Só nos primeiros dias de março o cartaz estará completamente fechado. O anúncio foi feito esta manhã, durante uma conferência de Imprensa em pleno Parque, que acolherá pela primeira vez no nosso País, o mítico festival de Barcelona nascido há 11 anos e considerado a meca dos “indies” na Europa. A organização revelou ainda que 40% dos bilhetes já foram vendidos (o passe para os três dias custa €85, mas sofrerá alterações a partir de terça, 21), sendo que mais de metade (60%) foram adquiridos no estrangeiro.
Respeitar um cenário “único” é uma das principais inquietações da organização. Será “um ponto verde nos festivais de música” na Europa, referiu Abel González, booking do Primavera Sound. A preservação ambiental é, por isso, uma das maiores preocupações. Daí que tenham contratado João Paulo Feliciano – que recentemente inaugurou em Serralves o projeto artístico Walls to the People – para “cuidar do lado estético, mais conceptual”. “Como colocar neste espaço fantástico e ao mesmo tempo tão delicado, uma operação que muitas vezes pode ser destrutiva para o meio em que acontece” será o principal desafio deste artista plástico. “Transparência, leveza, simplicidade, elegância, economia de meios” serão, referiu, as suas cinco linhas orientadoras “para pensar as estruturas no terreno”.
O objetivo é “utilizar o mínimo de materiais estranhos ao Parque” revela Pedro Moreira da Silva, responsável da Optimus. Para diminuir o impacto ambiental, a organização convida o público a deslocar-se de bicicleta – haverá um parque próprio vigiado – e um reforço das viagens de Metro. Serão ainda oferecidas mantas de piquenique e uma espécie de kit de sobrevivência que incluirá, por exemplo, um cinzeiro portátil e um saco para o lixo. “Ter uma experiência única, num local único, com um cenário que tem de ser tratado” são os principais objetivos desta primeira edição do Primavera Sound no Porto, em pleno verde, com vista para o Atlântico.