Mais de 400 elefantes foram encontrados mortos desde o início de maio no Botsuana, um país na África Austral. O primeiro caso a ser relatado foi no Delta do Okavango e, desde aí, o número de elefantes mortos foi aumentando. Testemunhas relatam ter visto os animais a vaguear em círculos e a cair sobre a face antes de morrerem, quase sempre perto de poços de água.
Depois de terem sido recolhidas amostras e enviadas para análise, os resultados dos primeiros exames já são conhecidos, mas as autoridades do Botsuana estão a aguardar mais resultados das análises, feitas na África do Sul, antes de partilhar as descobertas com o público.
“Temos que esperar pelo outro conjunto de resultados e conciliar os dois para ver se eles estão a relatar a mesma coisa, antes de chegarmos a uma conclusão definitiva”, explica Oduetse Kaboto, do Ministério do Meio Ambiente e Turismo do Botsuana, numa entrevista à televisão. “Esperemos que o segundo conjunto de resultados chegue na próxima semana e que possamos comunicar ao público a causa das mortes”.
Para além de saber a causa das mortes, é importante saber também se as comunidades africanas estão em risco.
“O pior dos cenários pode transformar-se em algo ainda pior. É muito importante perceber se isto pode ser transmitido às pessoas. Sim, é um desastre da conservação [animal] mas tem potencial para se tornar num caso de crise de saúde pública”, disse Niall McCann, diretor do departamento de Conservação do Parque Natural de Resgate.
O departamento de vida selvagem do Botsuana disse que o governo explicou a situação às autoridades de Zimbábue, Angola, Namíbia e Zâmbia, mas estes países não têm assistido a este fenómeno.