A popularidade das máquinas de café de cápsulas, que muitos de nós têm em casa, trouxe um enorme revés: os milhões de cápsulas de café que são deitadas fora após o uso. Mesmo que os mais conscientes reciclem as cápsulas é inegável que os amantes da cafeína têm contribuído para o aumento da quantidade de resíduos gerados pelo consumo caseiro de café.
De acordo com a Waste Europe Zero, foram vendidas cerca de 10 mil milhões de cápsulas de café fem todo o mundo em 2010, um décimo das quais em Itália. E neste país amante de café, cerca de 12.000 toneladas de cápsulas que poderiam ter sido recicladas foram enviadas para aterros sanitários.
O designer Eason Chow acredita que pode ter inventado a solução para este problema ambiental. Inspirado pelos doces revestidas de açúcar que costumava consumir em criança, aplicou o mesmo princípio ao café criando uma “cápsula” de café comestível.
A “cápsula” é um invólucro composto por uma camada dura de açúcar, que envolve uma camada de leite em pó, que por sua vez envolve os grânulos de café. O conjunto de camadas mantém o café selado até ao momento do consumo. O conjunto dissolve-se completamente em contato com a água quente, não deixando nenhum desperdício.
Chow prevê que cada pastilha de café tenha um sabor diferente, com diferentes quantidades de açúcar, leite ou tipo de café e desenhou uma máquina própria (empilhável) para preparar a bebida.
Por enquanto, o produto chamado Droops, ainda está na fase inicial de desenvolvimento. Mas o inventor de 25 anos prevê que quando (e se) chegar às lojas, o lote de 20 pastilhas tenha um preço de 5,50 euros e a máquina cerca de 110 euros.
No entanto, a solução do designer não é a primeira solução verde para o problema das cápsulas em excesso. As concorrentes já dispõem de cápsulas biodegradáveis, reutilizáveis ou recicláveis (as Nespresso de alumínio e as Tassimo, Dolce Gusta e Delta Q de plástico). A Nespresso, reconhecendo o problema, tem incentivado os clientes a reciclar as cápsulas, promovendo a entrega de cápsulas utilizadas nas lojas.
Ainda assim, a melhor maneira de certificar que uma embalagem não acaba no lixo (e por consequência em aterros sanitários) é fazê-la, literalmente, desaparecer.