O MARE quer dar a conhecer… o mar. E isso talvez seja mais difícil do que parece. Por isso, seis universidades – Universidade de Lisboa; Universidade de Coimbra; Universidade dos Açores; Universidade de Évora; Universidade Nova de Lisboa; ISPA, Instituto Universitário – juntaram-se para resolver o problema.
Mais de 400 investigadores, de diferentes áreas científicas, farão parte deste novo centro que tem como objetivos “construir conhecimento sobre o funcionamento dos ecossistemas marinhos e ambientes estuarino e dulçaquícola”, e “desenvolver ferramentas científicas e tecnológicas para promover o bom estado ecológico e a saúde dos mares e oceanos, dos estuários e das bacias hidrográficas”.
O professor Henrique Cabral, diretor e coordenador do MARE, afirma que este é um centro diferente pois “é virado para os problemas da sociedade”, sendo o seu enfoque “aquilo que afeta as pessoas”. Para conseguir chegar junto destas e poder contar com a sua colaboração na preservação das águas, o professor conta que o MARE já tem planeadas “algumas atividades e programas de ação que se destinam a escolas e ao grande público”. “Só conseguimos conservar o que se conhece. Por isso, trazer o oceano até às pessoas é fundamental, só dessa forma é que conseguimos conservá-lo”, explica.
O investigador diz que o MARE “se destaca dos centros já existentes devido à diversidade de valências que reúne”, conseguindo, por isso, atuar a vários níveis. Segundo ele, as universidades envolvidas estão bem equipadas e “possuem grandes infraestruturas” essenciais e fundamentais para o desenvolvimento dos projetos do MARE.
“Embora o mar seja importante, não há fundos”, disse Henrique Cabral, sobre as bolsas de investigação que a Fundação para a Ciência e a Tecnologia poderia ter disponibilizado. No entanto “não vamos ficar sentados à espera de financiamento. Há outras opções”, afirma e acrescentando que o “centro ambiciona ter uma cota parte do seu financiamento a partir da União Europeia e também diretamente com empresas e autarquias locais”.