O Senado dos Estados Unidos votou e no fim contaram-se 57 votos a favor e 43 contra, no processo de destituição do Presidente cessante, o que resultou na absolvição de Donald Trump de ter “incitado à insurreição” de milhares dos seus apoiantes, que no passado 6 de janeiro atacaram o Capitólio.
O processo de destituição foi apresentado pelos congressistas democratas e visava impedir Donald Trump de se recandidatar ao cargo em futuras eleições, considerando-o uma ameaça à democracia.
Os democratas, com a maioria de votos no Senado, 50, necessitavam de ver 17 senadores republicanos a votar a favor da destituição.
O processo focou-se no que saberia Donald Trump sobre o ataque, que ocorreu no momento em que se confirmava Joe Biden como Presidente, após um processo eleitoral muito contestado por Trump.
A decisão deste sábado esteve para ser adiada, depois de uma votação inicial a insistir que Trump prestasse declarações. Mas perante a possibilidade de este requerer a audição de novas testemunhas, o Senado acabou por recuar e prosseguir para os argumentos finais da defesa e da acusação.
Jamie Raskin, líder da equipa de procuradores democratas, bem sustentou ter ficado “claro e para lá de qualquer dúvida que Trump apoiou a ação no capitólio. “Por isso, deve ser condenado. É tão simples como isso”, defendeu.
Já a defesa de Donald Trump acusou a equipa de procuradores democratas de “ter mentido” e “fabricado as provas apresentadas durante o processo”. “Seriam inadmissíveis em qualquer tribunal”, disse o advogado Michael Van der Veen, o principal representante da defesa de Donald Trump e o único a falar. “Este processo de destituição foi uma completa charada do princípio ao fim”. E acabou a invocar a liberdade de expressão para afirmar que o então presidente usou as palavras “luta” e “lutas” num sentido político e não literal.