
O ano terminou com as imagens mais aguardadas dos últimos meses: os primeiros portugueses a serem vacinados contra a Covid-19. Essas fotografias representaram uma injeção de otimismo após quase um ano de morte, crise e isolamento social. Alguns talvez olhem para 2021 como uma espécie de ano 1 pós-coronavírus. Mas talvez haja motivos para alguma cautela. Depois de o último verão também ter trazido uma sensação de normalidade que o outono haveria de destruir, é natural que os portugueses hesitem em entusiasmar-se com este novo ano.
Não faltam motivos para ser cético em relação a 2021. É verdade que temos um plano de vacinação no terreno, que dificilmente regressaremos aos confinamentos agressivos de março e que a economia mundial irá puxar por Portugal. Mas continuaremos a ter uma economia especialmente afetada pela pandemia, um Governo relativamente conservador nos estímulos e toda a incerteza relacionada com a evolução do vírus, desde as novas variantes ao desafio de imunizar toda a população em poucos meses. 2021 pode até ser a saída do pesadelo, mas a normalidade talvez ainda tenha de esperar. Por outro lado, depois de 2020, alguém arrisca confiar em previsões?
Primeiro as boas notícias: tudo aponta para que 2021 marque mesmo a saída da crise e sejam 12 meses melhores do que 2020. Não é dizer muito, uma vez que o ano passado trouxe a segunda maior contração do PIB português em 150 anos, mas já é qualquer coisa. As previsões mais recentes foram feitas pelo Banco de Portugal (BdP) e mostram que a economia nacional deverá crescer apenas 3,9% este ano, depois de ter afundado 8,1% em 2020.
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