Marcelo Rebelo de Sousa estará a equacionar fazer o anúncio dentro de três dias, assim que a renovação do Estado de Emergência esteja assegurada e seja feita amanhã à noite a comunicação ao País sobre o regime de exceção que irá durar até ao Natal, apurou a VISÃO junto de elementos que estão no terreno a preparar a candidatura presidencial.
“A probabilidade de ser feito o anúncio é elevada mas há sempre um grau de imprevisibilidade do próprio, que todos conhecem”, ressalvou uma das fontes.
O chefe de Estado tinha sido claro na última terça-feira sobre os prazos que estabeleceu para o anúncio, tendo em conta que só agora se começam a sentir os efeitos das medidas restritivas contra a Covid-19, que começaram a ser implementadas desde o Dia de Finados.
“A decisão é minha e obedece a um objetivo que é esperar por um momento em que devo ainda intervir como Presidente da República no quadro do Estado de Emergência e só depois é que sinto que devo tomar a decisão”, apontou Marcelo, à margem da cerimónia do Dia da Restauração.
Ainda que seja expectável que o Governo anuncie no sábado um novo apertar da malha às deslocações dos portugueses nas duas próximas semanas, Marcelo já terá motivos para respirar de alívio perante os números da pandemia que hoje estão a ser conhecidos, em mais uma sessão do Infarmed, em Lisboa.
Tendo em conta que os epidemiologistas acreditam que o pico da segunda onda terá sido atingido e estabilizado, é já embalado por estes sinais positivos que o atual chefe de Estado anuncia a corrida a Belém.
Apesar do tabu de longos meses, acabou por ser o líder parlamentar dos Verdes, o deputado José Luís Ferreira, após uma ida a Belém, a avançar que Marcelo tencionava recandidatar-se.
Nos bastidores da candidatura contam-se Matos Rosa, o antigo secretário-geral do PSD durante a liderança de Passos Coelho, e ainda o consultor de comunicação Rodrigo Moita de Deus.
As eleições presidenciais estão marcadas para 24 de janeiro e na corrida estão já a antiga eurodeputada Ana Gomes, a bloquista Marisa Matias, o líder do Chega, André Ventura, o eurodeputado comunista João Ferreira, o fundador do Iniciativa Liberal, Tiago Mayan Gonçalves, e o presidente do PDR, Bruno Fialho.