Paulo Azevedo e a sua mulher, Nicole, são dois apaixonados por Moçambique desde há muito e intervenientes diretos em alguns projetos. Face à tragédia que se abateu sobre a província de Sofala, depois da passagem do ciclone Idai que devastou um imenso território, deixando milhares de crianças sem casa ou alimentos, o casal foi célere a agir.
“Eu e a Nicole fomos mais rápidos que a Sonae”, disse Paulo Azevedo à Visão, à margem da apresentação de resultados. “Já providenciamos o envio de um contentor com tendas, água potável e géneros alimentícios”. O destinatário foi a ONG The Big Hand (http://www.thebighand.org/ ), com quem existe já uma parceria de longa data, e que cuida essencialmente de crianças.
“Quanto à Sonae, toda a ajuda será feita através da Fundação Belmiro de Azevedo, mas vamos estudar melhor quem estará mais capaz de receber e melhor aplicar essas ajudas. Neste momento, fazer chegar a ajuda aos locais afetados é difícil e todas as organizações que para lá se deslocarem terão de levar tudo o que precisarem”, adiantou. Mas decisões quanto a isto serão tomadas em breve.
Já durante a apresentação de contas, Paulo Azevedo tinha-se mostrado satisfeito pelo facto de o Centro de Formação Profissional “O Meu Futuro”, uma escola no Chimoio em que a empresa foi contribuinte ativo, ter ficado intacta, podendo assim prosseguir as suas atividades e dar assistência a quem precisar.
O mesmo não aconteceu com algumas comunidades à volta do Parque da Gorongosa, onde Nicole desenvolve algumas atividades, nomeadamente uma experiência com um inseticida que evitaria o mosquito da malária. “Aqui, estas comunidades estão a precisar de mais ajuda”, admitiu Paulo Azevedo.