Parece um guião de um filme-catástrofe: os mais de 700 tripulantes do navio americano Fort McHenry estão desde janeiro sem pisar terra firme, desde que começou a alastrar uma epidemia de parotidite, uma doença infectocontagiosa provocada pelo mesmo vírus que causa sarampo.
A Marinha dos EUA manteve o segredo até ontem, quando a CNN, alertada por uma fonte, questionou diretamente as cúpulas militares. Segundo as informações agora reveladas, 25 marinheiros já contraíram a doença, que provoca febre, desidratação e arrepios, e todos os tripulantes receberam reforços da VASPR (vacina antissarampo, parotidite e rubéola).
O primeiro caso terá surgido a 22 de dezembro, mas os oficiais do navio não instauraram imediatamente a quarentena: em janeiro, o USS Fort McHenry atracou na Roménia, quando se encontrava em exercícios militares no Mar Negro.
Apesar dos cuidados e dos reforços de imunização, o surto continua vivo – o caso mais recente surgiu no sábado, 9. Se forem seguidas as recomendações médicas para estas situações, o navio só poderá aportar 30 dias depois de a última infeção ter sido detetada, pelo que os marinheiros ainda têm pela frente um longo período sem ir a terra.
Neste momento, o navio encontra-se no mar Arábico, no Índico.