Jack Schafer, um antigo agente do FBI, revela, no livro “The Like Switch”, três técnicas simples que permitem detetar se alguém nos está a enganar… sem que a pessoa sequer se aperceba de que a estamos a testar.
“A terra do ser”
Perguntas de sim ou não merecem respostas de sim ou não. Faça uma pergunta direta. Se a pessoa não responder sim ou não, algo está errado. Se alguém lhe der uma resposta complicada faça uma pergunta direta. Se mesmo assim não lhe responder sim ou não, a probabilidade de o estarem a enganar é grande. A expressão “a terra do ser” nasceu do célebre discurso do presidente Clinton, aquando do escândalo Lewinsky, quando disse “Depende do significado da palavra ‘ser’. Se ‘ser’ significa que ‘é’ e nunca foi, é uma coisa. Se significa que não “há” nenhum, então é uma afirmação completamente verdadeira”. (“Ser” e “haver”, em inglês, correspondem à mesma palavra: “Is”). Por isso, O antigo agente federal considera “a terra do ser” o terreno entre a verdade e a mentira, meias verdades, insinuações, suposições, assunções. “A maioria das pessas quer dizer a verdade, por isso vão muito longe para distorcer a língua e mantrer a ilusão da verdade sem a dizerem”.
“Bem…”
Se quando faz esta pergunta direta a resposta começa com “bem…”, na verdade algo não está bem. Quando alguém começa a responder com “Bem”, isso indica que está prestes a dar uma resposta sabendo, de antemão, que não é a esperada.
Porque é que eu devo acreditar em ti?
Quando perguntamos a alguém “Porque é que eu devo acreditar em ti?” e essa pessoa responder “porque estou a dizer a verdade” é porque de facto está a dizer a verdade. Os mentirosos têm dificuldade em dizer “porque estou a dizer a verdade”. Em vez disso dizem algo como “Porque sou uma pessoa honesta”, “Não tens que acreditar em mim senão quiseres” ou “Não tenho nenhuma razão para mentir”.