A acusação afirma que Johan Persson e Martin Schibbye entraram ilegalmente no país com um grupo rebelde da Somália, tendo participado em actividades terroristas com os rebeldes. O caso tem vindo a ser criticado por várias organizações de direitos humanos.
Há seis meses, os jornalistas foram capturados pelas tropas da Etiópia, num conflito entre rebeldes numa região dominada por somalis, ditos terroristas. O governo da Etiópia afirma que é impossível qualquer jornalista ter acesso àquela área, a não ser que este esteja associado aos rebeldes.
O presidente da União dos Jornalistas Suecos, Jonas Nordling, diz que a decisão do tribunal teve como objectivo dissuadir os repórteres de investigar alegadas violações dos direitos humanos em Ogaden.
Nordling afirma que nãohá provas que sustentem as acusações de terrorismo a que os jornalistas estão a ser alvo.
Nos últimos seis meses a comunidade internacional tem acompanhado o julgamento dos suecos. Diversos grupos pelos direitos humanos têm defendido que a proclamação anti-terrorismo da Etiópia restringe a liberdade de expressão e é usada apenas como ferramenta para reprimir a dissidência do regime.